Representantes de associações,
cooperativas, grupos informais e trabalhadores por conta própria da Região
Metropolitana de Salvador e de algumas cidades do interior da Bahia que atuam
com a metodologia de Fundos Rotativos Solidários reuniram-se em Salvador, para
participar do Intercâmbio Metropolitano de Fundos Rotativos Solidários (FRS). O
evento foi promovido pela Cáritas Brasileira Regional Nordeste 3 através de sua
atuação no Projeto de Fortalecimento de Fundos Rotativos Solidários, sendo este
construído e gerido coletivamente pelo Comitê Gestor Estadual de Fundos Solidários.
Os participantes trouxeram
na bagagem suas experiências na formação e gestão dos fundos solidários já constituídos
e o interesse de maior apropriação da metodologia de Fundos Rotativos
Solidários (FRS). Houve troca de experiências, vivências
práticas e debate com convidados. A temática das diversas “fomes” de direitos
da juventude no meio urbano teve as contribuições de Josilene Passos da Cáritas
Brasileira Regional Nordeste 3 e Raimilton Carvalho do Movimento de Cultura
Popular do Subúrbio (MCPS). O debate sobre diferenciações e complementariedades
da economia popular urbana e economia solidária contou com a participação de
Marcus Fabrício Oliveira da Cáritas Brasileira Regional Nordeste 3, de João Paulo
da Associação Santa Luzia e do Professor Gabriel Kraychete da ITCP/ UCSAL, que por
meio de rodas de conversas contribuíram para que os grupos conhecessem as
formas de acesso e critérios para o funcionamento e sustentabilidade de um
Fundo Rotativo Solidário.
Além disso, o intercâmbio oportunizou a
construção de saberes sobre quais os desafios relacionados à implantação dessa
metodologia nos âmbitos urbano, periurbano e rural ,considerando também aspectos
transversais como gênero, juventudes, inter-religiosidade e etnia.
Lucrécia Reys participou do Intercâmbio
representando o Grupo de Artesãos do Barro Vermelho, município de Capela do
Alto Alegre/Bahia. Ela contou que o grupo já criou o FRS e, em breve, poderá acessá-lo.
A expectativa da artesã é de ampliar, cada vez mais, a produção dos artesanatos
de barro para poder comercializar, por exemplo, nas feiras livres.
Fotos: Allan Lustosa